Autocuidado em pauta: como ele impacta a saúde mental?

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É difícil manter-se saudável de verdade se a saúde mental não for, também, uma prioridade. De tão importante que é, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já a inclui em seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), visando assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, independentemente da idade.

Neste Janeiro Branco, viemos reforçar o poder do autocuidado e o seu impacto na saúde mental. Mas indo além do boom do skincare, aqui falamos em autocuidado como prevenção e promoção de bem-estar integral, incluindo aspectos físicos, mentais e sociais. 

Pode ser muito difícil viver em uma época em que o tempo livre é escasso, a companhia humana nem sempre é possível e, infelizmente, a qualidade de vida está associada ao poder aquisitivo. É natural não dar conta de tudo e, quando menos esperamos, problemas como ansiedade, insônia, falta de concentração e, em casos mais graves, a depressão, já fazem parte da rotina. Práticas de autocuidado podem reduzir o impacto desses sentimentos e emoções, até mesmo minimizando os efeitos de quem já passa por um tratamento, seja mental ou físico.

Autocuidado na prática

Autocuidado consiste em dar atenção para si mesmo, dedicando tempo e energia em busca da compreensão dos próprios sentimentos, emoções, estado físico e demais necessidades. Significa, também, estar ativo na tomada de decisões de diferentes áreas da vida, como saúde, família, finanças e espiritualidade.

Essas pequenas doses de tempo para si são fundamentais na manutenção da qualidade de vida, diminuindo o impacto de fatores estressores na totalidade da saúde. Muito diferente de uma atitude egoísta, o autocuidado permite que a pessoa mantenha-se bem para estabelecer comportamentos saudáveis para com pessoas e situações.

Tipos de autocuidado

As práticas de autocuidado cabem em diferentes setores da vida, como autocuidado psicológico (mental), autocuidado emocional, autocuidado espiritual e autocuidado físico. No dia a dia, é comum darmos mais atenção ao corpo, com a realização de exames, atividades físicas e cuidados estéticos, assim esquecendo prevenção aos problemas mentais. Afinal, é muito fácil associar a saúde mental com a ausência de um diagnóstico. Contudo, uma hora a rotina atribulada, sem tempo para descanso, lazer e atividades que agregam à saúde, cobra seu preço, até que a mente não acompanha mais o ritmo que tanto o corpo quanto a vida demandam.

Autocuidado e saúde mental

Nesse sentido, praticar atividades que ajudam a cuidar da saúde mental, assim como gerenciar o estresse da rotina, são indispensáveis. A terapia é um ótimo ponto de partida, mas também é necessário prestar atenção em outros aspectos. É importante criar o hábito de refletir sobre o que faz bem ou mal, quais os seus limites físicos e emocionais e quais as estratégias que possibilitam as mudanças necessárias para conquistar mais uma mente mais sadia. Mas tudo isso sem forçar a barra, sempre levando em conta as limitações que o seu momento de vida proporciona, como durante o tratamento de uma doença, a mudança de emprego ou até mesmo o processo do luto.

Para algumas pessoas, o autocuidado mental pode ser encontrar um novo hobby, praticar atividades físicas – beneficiando tanto a mente quanto o corpo -, diminuir o ritmo da rotina ou abrir um espaço na agenda para simplesmente curtir a própria companhia. Para outras, será uma sessão de terapia para ser ouvido sem julgamentos e até mesmo afastar-se de pessoas e situações que só resultam em sentimentos ruins. Por fim, entenda que cuidar de si mesmo consiste na busca por mais bem-estar e emoções positivas. Pegue mais leve com você mesmo e aprenda a dizer “não” para tudo aquilo que não lhe faz bem.

Fontes: Opas I Opas I Vittude I Psicólogo e Terapia I Conexa Saúde I UniAteneu I Jornal da USP I Gama

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