Câncer de mama: quando é possível dizer “estou curada”?

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on print
Share on email

Falar sobre o câncer de mama é uma das principais formas de conscientizar sobre a doença, colocando a mulher no papel de protagonista de sua saúde. No Brasil, a doença é, depois do câncer de pele, o tipo de câncer mais comum e também o que causa mais mortes em mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa para 2022 é que sejam registrados mais de 66 mil novos casos entre as brasileiras. 

O conhecimento sobre o câncer de mama, desde que venha de fontes seguras, pode acabar com dúvidas, derrubar mitos e ajudar na disseminação de informações que tem o poder de salvar vidas. No entanto, ele precisa ir muito além das campanhas que se restringem ao Outubro Rosa, precisa estar inserido no cotidiano de mulheres de todas as idades, em rodas de conversas e em relações de confiança e aprendizado das pacientes com os/as ginecologistas. 

Veja neste texto algumas respostas para dúvidas comuns sobre a doença e para saber mais, busque ajuda profissional.

1. Câncer de mama dói?

Nem sempre, geralmente o câncer de mama só dói em estágios avançados. Em muitos casos a paciente não apresenta nenhum sintoma, ainda que o surgimento de um nódulo seja o mais comum. O exame mamográfico associado ao exame médico é muito importante porque pode detectar até mesmo microcalcificações que são impalpáveis e indolores. 

2. Câncer de mama maligno tem cura?

Sim, tem cura. Contudo, assim como os outros tipos de cânceres, o diagnóstico precoce e a qualidade do tratamento recebido estão diretamente ligadas à possibilidade de cura. Segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), um tumor pequeno de mama pode ter chances de cura de até 95%.

3. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura?

Sim, a detecção precoce do câncer de mama aumenta a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de cura mais altas. Para isso, soma-se a mamografia (exame de rastreio), o exame médico e a autópsia do nódulo.

4. Quando é possível dizer “estou curada” do câncer de mama?

Geralmente o câncer pode ser considerado curado quando a paciente permanece em remissão completa, sem evidência de recorrência da doença após o tratamento, por cinco anos ou mais. No entanto, existem exceções e há casos em que o câncer pode retornar vários anos mais tarde.

5. Toda mulher precisa fazer a mamografia?

Sim, as sociedades médicas nacionais e internacionais recomendam a realização da mamografia bilateral de rastreamento, o exame de rotina, para todas as mulheres a partir dos 40 anos. Já o Ministério da Saúde recomenda a realização do exame preventivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres entre 50 e 69 anos. Mulheres com familiares que tiveram câncer de mama podem iniciar os exames de rastreio de forma precoce, conforme indicação médica especializada.

6. Qual a relação entre menopausa e câncer de mama?

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) utilizada para aliviar os sintomas relacionados à menopausa, principalmente a terapia combinada de estrogênio e progesterona, aumenta o risco de câncer de mama. O risco aumentado de desenvolver a doença diminui progressivamente após a suspensão da TRH. Geralmente mulheres que foram tratadas contra o câncer de mama são desencorajadas a fazer terapia de reposição hormonal para o tratamento dos sintomas da menopausa porque estarão mais propensas a desenvolver um novo câncer nas mamas. Já as mulheres que enfrentam a quimioterapia para o tratamento do câncer podem sofrer com a menopausa precoce.

7. Quem tem câncer de mama pode engravidar?

Em vários casos a gravidez é uma possibilidade mesmo após alguns tipos de câncer, entre eles o de mama. Contudo, é preciso estar ciente que o estágio do tumor e a idade da paciente fazem muita diferença na fertilidade da paciente. Por isso, quanto mais precoce for o diagnóstico, melhores as chances de cura e do uso de tratamentos menos invasivos que causam menor impacto à fertilidade. Outro ponto é a escolha entre adiar o tratamento para adiantar a gravidez, ou vice-versa, que deve ser feita em conjunto com o time de especialistas. Em alguns casos é possível ajustar o tratamento para gerar menos impacto na fertilidade ou até mesmo adotar diferentes possibilidades, como o congelamento de óvulos. Por fim, recomenda-se que mulheres que passam pelo tratamento oncológico esperem pelo menos dois anos antes de planejar a gravidez.

Este texto tem caráter informativo e não substitui o acompanhamento médico especializado e a realização de exames investigativos. Mantenha o cuidado com a sua saúde o ano inteiro!

Fontes: Inca I Femama I Alessandra Morelle I Oncoguia I Oncoguia

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on print
Share on email

Receba Nossa Newsletter

Receba em seu e-mail as novidades do Blog da Remed. Nós não enviamos spam, combinado?