Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa: Diferenças, Diagnóstico e Tratamentos 

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A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa (RU) são doenças inflamatórias intestinais (DIIs) que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Apesar de compartilharem alguns sintomas, como diarreia, dor abdominal e sangramento retal, elas apresentam características distintas que as diferenciam.

Desvendando as Diferenças entre Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa

A principal distinção reside na localização da inflamação. Na Doença de Crohn, a inflamação pode afetar qualquer parte do trato digestivo, desde a boca até o ânus, mas geralmente se concentra no final do intestino delgado e no início do intestino grosso. Já na RU, a inflamação se limita ao intestino grosso, começando pelo reto e podendo se estender por todo o cólon.

Outras diferenças importantes incluem:

  • Profundidade da inflamação: Na Doença de Crohn, a inflamação pode penetrar todas as camadas do intestino, enquanto na RU, geralmente se limita à mucosa;
  • Presença de granulomas: Na Doença de Crohn, são frequentes aglomerados de células inflamatórias (granulomas) na parede intestinal, o que não é observado na RU;
  • Manifestações extra intestinais: A Doença de Crohn pode causar sintomas em outras partes do corpo, como fadiga, artrite e uveíte (inflamação dos olhos), o que raramente ocorre na RU.

Diagnosticando as Doenças Inflamatórias Intestinais

O diagnóstico preciso da Doença de Crohn e da RU exige uma avaliação médica completa, incluindo:

  • Histórico médico e sintomas: O médico irá questionar sobre seus sintomas, hábitos alimentares, histórico familiar e outros fatores de risco;
  • Exames físicos: O médico realizará exames físicos para verificar sinais de inflamação abdominal, sensibilidade e outros problemas;
  • Exames laboratoriais: Exames de sangue e fezes podem ajudar a identificar a presença de inflamação, anemia e outros distúrbios;
  • Exames de imagem: Endoscopia digestiva alta e colonoscopia com biópsia são essenciais para visualizar a inflamação e coletar amostras de tecido para análise.

Tratando as Doenças Inflamatórias Intestinais

O objetivo do tratamento é controlar a inflamação, aliviar os sintomas e prevenir a progressão da doença. As opções de tratamento incluem:

Medicamentos:

  • Anti-inflamatórios: Medicamentos como aminossalicilatos e corticosteróides reduzem a inflamação e os sintomas.
  • Imunossupressores: Em casos mais graves, medicamentos como azatioprina ou mercaptopurina podem ser utilizados para suprimir o sistema imunológico e controlar a inflamação.
  • Biológicos: Quando os medicamentos convencionais não apresentam resultados satisfatórios, os biológicos podem ser utilizados. Estes medicamentos bloqueiam moléculas específicas do sistema imunológico que contribuem para a inflamação. Alguns exemplos de biológicos incluem infliximabe, adalimumabe e vedolizumabe. Confira medicamentos para doenças inflamatórias intestinais aqui.

Mudanças no estilo de vida:

  • Dieta: Ajustes na dieta, como evitar alimentos que desencadeiam os sintomas, podem ajudar a controlar a inflamação e melhorar o bem-estar.
  • Parar de fumar: Fumar piora os sintomas da Doença de Crohn e dificulta o tratamento.
  • Gerenciar o estresse: O estresse pode agravar os sintomas das DIIs, portanto, técnicas de relaxamento e manejo do estresse podem ser benéficas.

Cirurgia: Em casos graves de Doença de Crohn, a cirurgia pode ser necessária para remover a parte do intestino afetada. Na RU, a cirurgia geralmente é considerada em casos de sangramento grave, perfuração intestinal ou falha do tratamento médico.

O tratamento da Doença de Crohn e da Retocolite Ulcerativa é individualizado e deve ser acompanhado por um médico especialista em doenças inflamatórias intestinais. Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas com DIIs pode levar uma vida normal e saudável.

Fonte: Remed

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