Exames periódicos evitam o diagnóstico tardio de doenças graves em mulheres

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on print
Share on email

Cânceres de mama, colo do útero e ovário, além da endometriose, estão entre as patologias que podem ser detectadas precocemente por meio de procedimentos de rotina

As doenças que envolvem o universo feminino, como o câncer e a endometriose, necessitam de maior atenção, tanto pela gravidade quanto pelo grande impacto sobre a qualidade de vida da mulher. Os exames preventivos, quando feitos regularmente com a devida prescrição médica, facilitam o diagnóstico precoce, especialmente das patologias mais incidentes. Por isso, na visão de especialistas, as consultas de rotina são essenciais para prevenir doenças que ameaçam cada vez mais a expectativa de vida das mulheres.

Câncer de mama

Considerado o tipo mais comum entre a população feminina, para a qual a estimativa de novos casos é de 57.960 para 2017 (INCA).

De maneira geral, há duas formas de prevenção. Primeiramente, as mudanças de hábitos de vida, como adoção de uma dieta saudável rica em frutas e verduras e pobre em gorduras de origem animal, baixa ingestão de bebidas alcoólicas e prática de atividade física regular. Outra forma de prevenção visa a detecção precoce do câncer de mama antes mesmo do aparecimento dos sintomas e inclui o auto-exame, o exame clínico realizado pelo médico mastologista ou ginecologista, além da mamografia, que ainda é o procedimento prioritário para a população em geral. A ecografia mamária e a ressonância magnética de mama também são formas importantes de detecção, porém são utilizadas como exames complementares para avaliação de alterações detectadas durante a mamografia ou exame clínico, ou seja, quando necessitam de investigação adicional.

Câncer de colo do útero

Conforme o Instituto Nacional do Câncer, este é o terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, com previsão de 16.340 ocorrências para 2017.

Na década de 1990, por exemplo, 70% dos casos diagnosticados eram de doença invasiva, no estágio mais agressivo. Atualmente, mais de 40% dos casos diagnosticados são de lesões precursoras e localizadas (in situ).  

O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos (16 e 18) do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção genital por este vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes.

A melhor forma de identificar alterações que possam evoluir para o câncer de colo do útero é através do exame preventivo (o Papanicolau), que deve ser realizado periodicamente por recomendação de um ginecologista.

Câncer de ovário

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de ovário é o mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Cerca de 3/4 dos cânceres dessa região apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. No Brasil, a estimativa de novos casos é de 6.150 para 2017.

A doença, apesar de apresentar altas chances de cura em estádios iniciais, tem a maior taxa de mortalidade relativa entre todos os tumores ginecológicos, justamente pela dificuldade de diagnóstico precoce apontada por especialistas. A realização de exames complementares de imagem e os chamados “marcadores tumorais”, a investigação de alterações genéticas que associam risco específico e, até mesmo, a realização de cirurgias profiláticas, onde se retiram os ovários e as trompas após a menopausa, contribuem para a prevenção.

Endometriose

Trata-se de uma enfermidade inflamatória, caracterizada pela dor pélvica crônica, sintoma comum a outras doenças e que pode retardar a detecção. De acordo com dados da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva), atualmente, já são mais de 7 milhões de mulheres com a doença no país. Especialistas alertam que a endometriose tem um perfil progressivo e que o atraso no diagnóstico poderá gerar, muitas vezes, a necessidade de tratamentos mais agressivos no futuro, como cirurgias complexas e uso de medicação contínua.

O diagnóstico da endometriose, na maioria dos casos, é feito através de cirurgia laparoscópica, o que consiste num procedimento invasivo que pode gerar resistência, especialmente porque a doença afeta as mulheres ainda em idade reprodutiva (entre 20 e 40 anos).

Por isso, é importante realizar consultas regulares com o seu médico ginecologista e solicitar a orientação mais adequada, sempre procurando adotar uma postura em prol da prevenção de problemas mais graves no futuro.

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on print
Share on email

Receba Nossa Newsletter

Receba em seu e-mail as novidades do Blog da Remed. Nós não enviamos spam, combinado?